Só Marcos Assunção salva! Em mais uma noite inspirada do volante, o Palmeiras ficou no empate com o Ceará, por 1 a 1, na Arena Barueri, e chegou ao oitavo jogo de invencibilidade. Sem poder ofensivo e dependendo unicamente das cobranças de bola parada do mais novo ídolo da torcida, o Palmeiras se fechou na zaga e sofreu o empate, merecidamente, no segundo tempo.Sempre ele!
O primeiro minuto de jogo deu uma ideia errada do que seria o restante do primeiro tempo. Pelo lado direito, Marcos Assunção cobrou falta com perigo, Lincoln não alcançou e o zagueiro João Carlos mandou para escanteio.
Depois do susto, o Ceará se organizou em campo e passou a rondar a área palmeirense, sem oferecer grande perigo ao goleiro Deola. Apostando na rapidez de Magno Alves, o time do técnico Dimas Filgueiras teve a primeira boa chance só aos 28 minutos: na cobrança do escanteio, o experiente atacante cabeçeou para baixo, nas mãos do goleiro.
Sem Valdivia, suspenso, o Palmeiras voltou a sentir o velho problema de ligação entre ataque e defesa. As tentativas de lançamento direto esbarravam todas na zaga cearense. Lincoln, sem o ritmo de jogo ideal, não cumpria o papel do chileno em campo.
Com a partida equilibrada, a equipe cearense até tentava alguns avanços pelas laterais mas, bem posicionado e com quatro volantes, o Palmeiras evitava que a bola chegasse perto da grande área. Com o baixo nível técnico da partida, cheia de passes errados, a esperança de gol do Palmeiras permanecia toda depositada em Marcos Assunção, nas cobranças de bola parada.
O Palmeiras rondava a área do Ceará esperando uma falta, sempre uma boa oportunidade nos pés de Assunção, que tem 11 gols dessa maneira na temporada. Enquanto a falta não vinha, o Verdão abusava dos chutes de longa distancia. Apesar dos gritos de Felipão na lateral, o time insistia nas jogadas pelo meio, esperando uma oportunidade para o camisa 28.
E foi no último minuto, aos 45 do primeiro tempo, que a esperada chance apareceu. Numa falta perigosa no lado direito, Marcos Assunção fez seu ritual, arrumou as chuteiras, encarou a bola e deixou a torcida alviverde na expectativa. Na cobrança por cima da barreira, a bola foi caindo e entrou rente à trave esquerda, sem chances para o goleiro Michel Alves.
Empate merecido
No segundo tempo, o Palmeiras passou a jogar com mais velocidade, explorando as laterais. Logo aos 10 minutos, Márcio Araújo invadiu a área pelo lado direito, chutou forte, mas sem direção, ignorando Dinei, que esperava livre na grande área. O atacante, por sinal, já havia protagonizado lance bizarro no primeiro tempo, quando cabeçou para trás um cruzamento de Gabriel Silva.
Aos 18 minutos, muito aplaudido pela torcida, o heroi palmeirense deu lugar à entrada de Pierre. Sem Assunção, o Palmeiras passou a maior parte do tempo no campo de defesa, só esperando o apito final. Era muito cedo para isso, e o Ceará partiu com tudo para o ataque. Aos 24 minutos, o colombiano Reina arriscou belo chute, de longe, e quase empatou a partida.
As mudanças do técnico Dimas Filgueiras, que colou o time todo para frente, surtiram efeito aos 36 minutos do segundo tempo. Márcio Araújo fez pênalti duvidoso em Reina, em bola despretenciosa pelo lado esquerdo. Geraldo correu para a cobrança e, no canto direito, deixou vendido o goleiro Deola. Partida empatada, para desespero dos palmeirenses.
Com a entrada de de Tadeu, aos 39 do segundo tempo, o Verdão chegou a esboçar reação, e pressionou no final do segundo tempo. Fabrício, de rebote, tentou o chute da entrada da área, mas foi só escanteio. No último lance, Lincoln alçou bola na área e Dinei não alcançou. Fim de jogo na Arena Barueri, e o empate ficou de bom tamanho para o Verdão.
Na próxima rodada, o Palmeiras faz clássico contra o Corinthians no Pacaembu. O Ceará, por sua vez, recebe o São Paulo no Castelão.
Fonte: Lancenet.com.br
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